Angerson Magalhães

Calor ou gelo para dor na coluna: qual usar e quando?

16 setembro, 2025


Quando surge uma crise de dor nas costas ou lombar, é comum a dúvida: “uso gelo ou calor para aliviar?”
A escolha correta pode trazer alívio mais rápido, mas depende do momento da dor e da causa envolvida.


Gelo: o aliado na fase aguda

O gelo (crioterapia) é indicado principalmente nos primeiros dias de dor — geralmente nas primeiras 48 a 72 horas.

Como funciona:

  • O frio causa vasoconstrição, reduzindo a inflamação local.

  • Ajuda a diminuir a dor e controlar inchaço ou espasmos musculares.

Quando usar:

  • Após traumas, quedas ou torções.

  • Em crises de dor súbita e intensa na coluna.

  • Quando há sinais de inflamação recente.

👉 Dica prática: aplique compressa fria envolta em pano fino por 15 a 20 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia.


Calor: o recurso para relaxar músculos

O calor (termoterapia) é mais indicado quando a dor já passou da fase aguda e está na fase subaguda ou crônica.

Como funciona:

  • Promove vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo local.

  • Facilita o relaxamento da musculatura e reduz a rigidez.

  • Melhora a sensação de bem-estar.

Quando usar:

  • Em dores musculares persistentes.

  • Em quadros de rigidez matinal.

  • Na tensão causada por má postura ou estresse.

👉 Dica prática: use bolsa de água quente, toalhas aquecidas ou almofadas térmicas por 20 a 30 minutos.


Quando não usar calor ou gelo?

  • Calor: evite em lesões agudas e processos inflamatórios recentes, pois pode aumentar o inchaço.

  • Gelo: evite aplicar por tempo excessivo ou diretamente sobre a pele, para não causar queimaduras ou irritação.


Conclusão

  • Gelo: melhor para crises agudas, traumas e inflamações iniciais.

  • Calor: indicado para dores musculares persistentes, tensão e rigidez crônica.

Entender quando usar cada recurso ajuda no alívio da dor, mas não substitui a avaliação médica. Se a dor persiste ou limita suas atividades, procure um especialista em dor e coluna para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento completo.


Referências médicas

  • Nadler SF, Steiner DJ, Erasala GN, Hengehold DA, Hinkle RT, Beth Goodale M, Abeln SB. Continuous low-level heat wrap therapy for treating acute nonspecific low back pain. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(3):335-42.

  • Malanga GA, Yan N, Stark J. Mechanisms and efficacy of heat and cold therapies for musculoskeletal injury. Postgrad Med. 2015;127(1):57-65.


    Meta description (SEO)

    "Calor ou gelo para dor na coluna? Descubra qual usar em cada situação, como aplicar corretamente e quando procurar um especialista em dor e reabilitação."

 

Colchão duro ou mole: qual é o ideal para dor na coluna? E qual a melhor posição para dormir?

16 setembro, 2025


A dor na coluna afeta milhões de brasileiros e, muitas vezes, está relacionada a fatores do dia a dia, como postura e qualidade do sono. Uma dúvida frequente de quem sofre com o problema é: afinal, colchão duro ou mole é melhor para dor na coluna?
Além disso, a posição de dormir pode fazer toda a diferença para evitar sobrecarga e acordar sem dor.


Colchão duro ou mole: o que a ciência diz?

Por muito tempo se acreditou que apenas o colchão duro era indicado para dor lombar. Porém, a literatura médica mostra que isso não é uma regra absoluta.

  • Estudos apontam que os colchões de firmeza média (nem tão duros, nem muito macios) são os que proporcionam maior alívio da dor lombar e melhor qualidade do sono (Kovacs et al., 2003).

  • O colchão muito mole pode afundar em excesso, prejudicando o alinhamento da coluna.

  • Já o colchão excessivamente rígido pode aumentar os pontos de pressão e causar desconforto, principalmente nos ombros e quadris.

👉 Conclusão prática: o ideal é um colchão de firmeza intermediária, que ofereça sustentação adequada, mas também conforto.


Melhor posição para dormir com dor na coluna

Além do colchão, a posição de dormir influencia diretamente na saúde da coluna:

  • De lado, com um travesseiro entre os joelhos: ajuda a manter o quadril e a lombar alinhados, reduzindo a sobrecarga.

  • De barriga para cima, com travesseiro abaixo dos joelhos: favorece o relaxamento da região lombar.

  • Evite dormir de bruços: essa posição aumenta a pressão na cervical e na lombar, podendo agravar dores.

Outro ponto importante é o travesseiro da cabeça, que deve preencher o espaço entre ombro e pescoço, mantendo a coluna cervical alinhada.


Quando trocar o colchão?

Mesmo um colchão de boa qualidade perde sustentação com o tempo. Em média, recomenda-se a troca a cada 7 a 10 anos, ou antes se houver deformações, afundamentos ou aumento da dor ao acordar.


Conclusão

O melhor colchão para dor na coluna não é nem o mais duro, nem o mais mole: o ideal é um colchão de firmeza média, associado a boas posições de dormir.
Se a dor persistir mesmo após ajustes no sono, é importante procurar um especialista em dor e coluna para avaliação personalizada.

Dormir bem não é luxo: é parte essencial do tratamento e da prevenção da dor na coluna.

 

Descubra quanto tempo dura uma crise de dor nas costas ou lombar. Saiba a diferença entre dor aguda, subaguda e crônica, quando procurar um especialista e quais são as expectativas de melhora com tratamento.

16 setembro, 2025

Quanto tempo dura uma crise de dor nas costas ou lombar?

A dor nas costas, especialmente a dor lombar, é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e está entre as principais causas de afastamento do trabalho no mundo. Apesar de frequente, muitos pacientes ficam em dúvida: quanto tempo dura uma crise de dor lombar? A resposta depende do tipo de dor e da forma como ela é tratada.


Dor lombar aguda: melhora em poucas semanas

A chamada dor lombar aguda é aquela que dura até 6 semanas.
Na maioria dos casos, melhora em 2 a 4 semanas com repouso relativo, alongamentos leves, analgésicos simples e retomada gradual das atividades.
As principais causas são má postura, esforço físico repentino ou sobrecarga muscular.


Dor lombar subaguda: entre 6 e 12 semanas

Quando a dor persiste por 6 a 12 semanas, é considerada subaguda.
Essa duração prolongada pode estar ligada a problemas como hérnia de disco, degeneração dos discos intervertebrais ou fraqueza muscular.
Nessa fase, é importante procurar um médico especialista para evitar que a dor se torne crônica.


Dor lombar crônica: mais de 3 meses de duração

Se a dor ultrapassa 12 semanas, passa a ser chamada de dor lombar crônica.
Esse tipo de dor não é apenas um sintoma isolado: afeta sono, produtividade, bem-estar emocional e qualidade de vida.
As causas podem incluir doenças degenerativas, inflamatórias ou até fatores emocionais. O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar com fisioterapia, reabilitação, medicamentos e, em alguns casos, procedimentos intervencionistas ou medicina regenerativa.


Quando procurar um especialista?

Você deve buscar atendimento médico se a dor:

  • Persistir por mais de 6 semanas.

  • Irradiar para braços ou pernas.

  • For acompanhada de formigamento, fraqueza ou dormência.

  • Vier associada a febre, perda de peso ou alterações urinárias/intestinais.

O médico fisiatra especialista em dor pode identificar a causa exata, orientar hábitos de prevenção e indicar tratamentos eficazes.


Conclusão

Uma crise de dor nas costas pode durar de alguns dias a várias semanas. Se a dor não melhora ou se torna frequente, é hora de procurar um especialista.
Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar os sintomas, prevenir a cronificação e recuperar a qualidade de vida.

 

Quando a dor na coluna é algo sério? Descubra quando procurar um especialista

16 setembro, 2025


A dor na coluna é uma das queixas de saúde mais comuns no Brasil e no mundo. Estima-se que até 80% das pessoas terão pelo menos um episódio de dor lombar ao longo da vida. Em muitos casos, ela é passageira e melhora com medidas simples, mas existem situações em que a dor na coluna pode ser sinal de algo mais sério — e é justamente nesses momentos que procurar um especialista faz toda a diferença.


Quando a dor na coluna merece atenção imediata?

1. Dor que não melhora com o tempo

Se a dor persiste por mais de 4 a 6 semanas, mesmo após repouso relativo, uso de analgésicos simples ou fisioterapia inicial, é um sinal de alerta. A dor crônica pode estar relacionada a alterações estruturais, como degeneração dos discos ou artrose.

2. Dor que irradia para pernas ou braços

Quando a dor “desce” para a perna (ciática) ou para os braços, pode indicar compressão de nervos causada por hérnia de disco ou estreitamento do canal da coluna (estenose).

3. Formigamento, dormência ou fraqueza

Alterações neurológicas — como dormência, perda de sensibilidade ou dificuldade para caminhar — devem ser avaliadas rapidamente, pois podem indicar comprometimento da raiz nervosa.

4. Alterações no controle da urina ou intestino

A perda do controle urinário ou intestinal associada à dor lombar é um sinal grave de compressão nervosa (síndrome da cauda equina) e exige atendimento médico imediato.

5. Dor associada a sinais gerais de doença

Se a dor vem acompanhada de febre, perda de peso inexplicada, histórico de câncer ou ocorre de forma intensa durante a noite, é importante investigar causas como infecções ou doenças mais graves.

6. Dor após queda ou acidente

Após traumas, a dor na coluna pode indicar fraturas ou instabilidade. Mesmo que os sintomas pareçam leves no início, a avaliação médica é indispensável.


Por que procurar um especialista em dor e coluna?

O tratamento da dor na coluna não deve se basear apenas em analgésicos. Um médico especialista em dor musculoesquelética e reabilitação avalia a causa exata da dor e indica o tratamento mais adequado, que pode incluir:

  • Orientações posturais e ajustes no estilo de vida.

  • Exercícios e fisioterapia personalizada.

  • Procedimentos intervencionistas minimamente invasivos.

  • Medicina regenerativa (como infiltrações com ácido hialurônico, PRP ou outras terapias avançadas).

O objetivo é tratar a causa da dor e devolver qualidade de vida, evitando a progressão da doença e, em muitos casos, a necessidade de cirurgia.


Conclusão

Nem toda dor na coluna é grave, mas é importante saber reconhecer quando procurar ajuda. Se você apresenta dor persistente, sintomas neurológicos, alterações urinárias/intestinais ou sinais sistêmicos, não espere: agende uma consulta com um especialista.

A avaliação precoce pode significar a diferença entre uma recuperação rápida e uma complicação futura.
Não conviva com a dor. Sua coluna merece cuidado.


Referências médicas

  • Maher C, Underwood M, Buchbinder R. Non-specific low back pain. Lancet. 2017;389(10070):736-747.

  • Buchbinder R, van Tulder M, Öberg B, et al. Low back pain: a call for action. Lancet. 2018;391(10137):2384-2388.

  • Knezevic NN, Candido KD, Vlaeyen JWS, Van Zundert J, Cohen SP. Low back pain. Lancet. 2021;398(10294):78-92.

 

O que causa dor na coluna?

16 setembro, 2025


(E por que entender as causas é o primeiro passo para recuperar sua qualidade de vida)

A dor na coluna é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos. Estima-se que até 80% das pessoas terão pelo menos um episódio significativo de dor lombar ao longo da vida (Knezevic et al., 2021).
Mas, apesar de tão frequente, cada dor é única, e compreender as causas é essencial para direcionar o tratamento adequado.


Causas mais comuns da dor na coluna

1. Postura e sobrecarga no dia a dia

Passar horas sentado em frente ao computador, carregar peso de forma incorreta ou dormir em posições inadequadas pode gerar sobrecarga muscular e articular. Muitas vezes, pequenos ajustes de postura e rotina já fazem grande diferença.

2. Sedentarismo e fraqueza muscular

A musculatura funciona como um “colete natural” que protege a coluna. Quando está fraca, a coluna fica mais vulnerável a sobrecargas. O sedentarismo também favorece rigidez e inflamação.

3. Alterações nos discos intervertebrais

O desgaste natural ou acelerado dos discos pode levar a condições como a hérnia de disco, que comprime raízes nervosas e provoca dor irradiada para braços ou pernas, além de dormência e fraqueza.

4. Doenças degenerativas e inflamatórias

Com a idade, é comum o desenvolvimento de artrose da coluna (espondiloartrose), que causa dor persistente e rigidez. Já doenças como a espondilite anquilosante podem afetar pacientes mais jovens, provocando inflamação crônica.

5. Fatores emocionais e estresse

O corpo e a mente estão interligados. Situações de ansiedade, tensão e estresse podem intensificar a percepção da dor, gerar contraturas musculares e dificultar a recuperação.


Quando devo me preocupar?

Nem toda dor na coluna é grave, mas alguns sinais exigem atenção médica imediata:

  • Dor persistente por mais de 4 a 6 semanas.

  • Dor que irradia para braços ou pernas, com dormência ou fraqueza.

  • Perda do controle da urina ou fezes.

  • Histórico de câncer, febre ou perda de peso inexplicada associada à dor.

Nesses casos, é fundamental procurar avaliação médica para um diagnóstico preciso.


Como aliviar e prevenir a dor?

  • Movimente-se: exercícios orientados fortalecem e dão estabilidade.

  • Adote bons hábitos posturais: ajuste a cadeira, computador e colchão.

  • Controle o peso corporal: reduz sobrecarga sobre a coluna.

  • Procure ajuda especializada: cada causa exige um plano de tratamento personalizado — que pode incluir fisioterapia, medicamentos, terapias intervencionistas e até técnicas de medicina regenerativa.


Conclusão

A dor na coluna não precisa ser um fardo permanente. Entender suas causas é o primeiro passo para recuperar o movimento, a autonomia e a qualidade de vida.
Com uma avaliação adequada e tratamento direcionado, é possível voltar a viver sem limitações e com menos dor.


Referências

  • Knezevic NN, Candido KD, Vlaeyen JWS, Van Zundert J, Cohen SP. Low back pain. Lancet. 2021;398(10294):78-92.

  • Maher C, Underwood M, Buchbinder R. Non-specific low back pain. Lancet. 2017;389(10070):736-747.

  • Buchbinder R, van Tulder M, Öberg B, et al. Low back pain: a call for action. Lancet. 2018;391(10137):2384-2388.